08 dezembro 2006

Regina is Back!

A raínha está de volta e dia 15 de Fevereiro lá estarei de novo! Mal posso esperar. Para assistir a momentos como este:

07 dezembro 2006

Remodelação

Depois de voltas e mais voltas, acabei por seleccionar este template. Acabei por temer a ruína do blog porque, inteligentemente, não salvei as definições do blog antes de começar as remodelações. Entretanto pensei que migrar para o Blogger Beta podia ajudar a resolver esta confusão e realmente ajudou. Consegui endireitar de novo o blog. Espero que seja do agrado dos prezados leitores. Aceitam-se críticas!

Bíblia

Vinda dos EUA e ainda fresquinha, aqui está a melhor revista sobre NBA que já conheci.
Vou estudá-la religiosamente para me actualizar sobre esta minha paixão, a NBA, que abandonei há uns anos atrás devido a vários factores (sendo o principal o facto da Sport Tv ter açambarcado o monopólio das transmissões).
Mas estou de volta! NBA aí vou eu de novo!

Fica torto e endireita-te

Após ler esta notícia, começo realmente a acreditar que está para breve a descoberta de que o tabaco é benéfico para o funcionamento dos pulmões...

29 novembro 2006

RODRIGO Y GABRIELA@MANCHESTER ACADEMY 2

Há concertos que nos obrigam a ficarmos alguns dias a assimilar o que realmente se passou enquanto a banda esteve em palco. Ao sair da Manchester Academy no passado Domingo, olhávamos uns para os outros, como perguntando: "Conseguiste perceber o que aconteceu ali dentro?". Foi de facto um dos espectáculos mais desgastantes (no bom sentido) a que assisti nos últimos tempos.
Para vos contextualizar, Rodrigo e Gabriela são dois guitarristas mexicanos, que há alguns anos atrás tocavam trash-metal em bandas de garagem que nunca alcançaram qualquer sucesso. O amor à música e a renúncia a trabalhar em escritórios, motivou-os a emigrarem para a Europa, tendo escolhido a Irlanda como destino, local onde ainda se encontram a viver.
Dois guitarristas em palco, somente. Ainda assim, usam o instrumento de tal forma que dá ideia que têm uma banda inteira atrás deles.
Gabriela parece que toca sete instrumentos usando apenas um! Faz o ritmo, faz a percurssão, tudo ao mesmo tempo. Rodrigo é responsável maioritariamente pelos solos e pela melodia de cada composição, embora se dedique também à parte rítmica sempre que Gabriela necessita de extravasar as suas fronteiras.
A mescla de flamenco com a atitude rock é perfeita, a sua música é totalmente instrumental, agregando ao seu repertório temas clássicos de rock, os quais maquilham ao seu estilo, como por exemplo "One" dos Metallica", "Stairway to Heaven" dos Led Zepellin ou "Wish You Were Here" dos Pink Floyd (cantada em uníssono pelo público... excepto eu).
"Diablo Rojo" foi a música que fechou as cortinas, numa parte final em que a plateia ficou responsável pelo ritmo, fazendo das palmas o seu instrumento. Era a música que mais aguardava e foi de facto a melhor da noite, num set onde não é fácil arrebatar esse título. "Diablo Rojo" é uma viagem por terrenos áridos, cheios de solavancos, a 200 km/h.
Sem dúvida alguma uma experiência a repetir e altamente recomendável para quem tenha a oportunidade.
Aqui ficam dois pequenos excertos deste estupendo concerto: excerto 1 / excerto 2.

Ainda não foi desta!

Mais uma vez, o meu desígnio pessoal não foi cumprido... Ainda não foi este ano que consegui atravessar a quadra natalícia sem ouvir o "Last Christmas"! No próximo ano cá estarei na luta de novo!

15 novembro 2006

MUSE @ M.E.N. ARENA

Era sem dúvida um dos concertos que mais aguardava este ano. Depois de mais um grande álbum, era tempo para rever os Muse ao vivo. Era portanto enorme a expectativa.
E o facto de os Muse actuarem em Manchester duas noites seguidas, prova que a minha expectativa era partilhada por muitos outros.
Desta feita a minha localização na Arena foi excelente. Fiquei na bancada à direita do palco mas no piso mais inferior, bastante perto do palco. Começava bem a noite.
Os ânimos acalmaram depois da performance dos Noisettes que preencheram a primeira parte. A única coisa que conseguiram foi fazer jus ao nome, porque ruído houve bastante. As letras eram inaudíveis, a bateria ininterruptamente agressiva demais.
Saí mais cedo para voltar ao bar e queimar a última nicotina antes dos artistas principais entrarem em cena. Ao regressar ao interior da Arena, o ambiente começava a aquecer. Os sons que antecediam o concerto ajudavam, entre eles Arcade Fire, Nirvana, Rage Against The Machine... Entretanto o público nas bancadas inicia a onda que dura cerca de 5 minutos, criando uma atmosfera festiva.
Os Muse pisavam finalmente o palco e como previa o épico "Knights of Cydonia" abriu o concerto. Estrondoso início, ao fim de 10 segundos já estava completamente em pele de galinha... Além da fabulosa parede de som que ecoava a partir do palco, visualmente a banda encontrava-se igualmente bem servida. A bateria apareceu dentro de um cubo electrónico (não sei como explicar melhor...) e as imagens que ilustravam cada tema davam uma dimensão ainda mais especial. A adição de uma componente mais electrónica veio ainda dar mais força à banda ao vivo.
A maioria de "Black Holes and Revelations" foi tocado nesta actuação, mas ainda sobrou bastante espaço para os trabalhos mais antigos (apenas cometeram o pecado de deixar "Muscle Museum" de fora...). "City of Illusion" e "Starlight" foram os momentos de destaque do novo álbum. Até a mal amada "Supermassive Blackhole" foi recebida em delírio... afinal o pessoal gosta e não soou nada a Britney Spears! "New born" e "Stockholm Syndrome" ("this is the last time I abandon you / this is the last time a forget you..." foram as linhas mais poéticas da brilhante noite) mostram toda a densidade contida nas composições deste trio.
São puros épicos.
Matthew Bellamy esteve ao seu estilo, acabando por arremessar uma das guitarras para o público. Mas ao contrário do concerto que assisti em Lisboa, há uns anos atrás, os Muse não destruiram os instrumentos no final do concerto (facto que impediu o encore dessa vez).
Finalizou então um dos concertos do ano, aconselho vivamente, a todos os que tenham essa oportunidade, que não percam Muse ao vivo. Tempo de voltar à rua e continuar "chasing your starlight...".

P.S: os links dão acesso a imagens e sons do concerto a que fui. Obviamente a qualidade não é a melhor mas dá para ficarem com uma ideia.

27 outubro 2006

Viva a Rainha

Finalmente o merecido tributo à minha diva musical. Enjoy!

"Fidelity"


"Better"


"Us"

24 outubro 2006

GUILLEMOTS @ Manchester Academy 1

TUNNG @ Night & Day Café

Este Sábado, a noite foi passada no Night & Day Café. Este espaço situa-se na zona de Manchester conhecida por Northern Quarter, que para vos dar uma ideia corresponde ao Bairro Alto local. O Xposure Live, evento organizado pela XFM Manchester (equivalente a Radar FM em Portugal), era consistido por três projectos, Brightblack Morning Light, Jill Barber e Tunng.
Os
Brightblack Morning Light (BML) são daquelas bandas em que apesar de terem as ideias no sítio, apresentam ainda alguma falta de criatividade e rasgos que diferenciam os seus temas uns dos outros. Música vagarosa, vozes dissimuladas e uma semelhança inegável com bandas da linha de Tortoise. O set dos BML apresentou ideias que já têm bases para crescer, falta agora polvilhar-las com toques critativos.
A fadiga apertava, depois de um Sábado de trabalho, e a prestação dos BML não ajudou. Decidi sentar-me um pouco. Mas ao interpretar o seu terceiro tema,
Jill Barber fez-me levantar e aplaudir de pé o resto da sua actuação. Originalmente canadiana, Jill apresentou-se em palco com sua guitarra acústica e com um guitarrista solo que ia adicionando notas perfeitas às vocalizações da cantora, cuja voz preenche completamente as canções. Entre o country mais arenoso e o jazz mais fumarento, Jill canta os seus sentimentos sem rede, com letras bem explícitas. Uma cantora que passarei a seguir com atenção.
Finalmente chegava a hora dos
Tunng subirem ao palco e de uma vez por todas o cansaço desapareceu. A energia e a alegria que as composições deste sexteto emana rejuvenesceu-me. As canções do conjunto britânico começam normalmente com melodias pueris e inocentes, às quais são sobrepostas camadas de sons e batidas distorcidas, que tentam corromper a inocência dos sons iniciais. No meio desta anarquia sonora, os Tunng conseguem ser ditadores e manipular de forma a que a qualidade não seja lesada. A conjugação electro-folk-acústica é portanto perfeita, criando uma atmosfera refrescante.
O sexteto é composto por 3 guitarristas-vocalistas, uma vocalista que explora musicalmente todo o tipo de bugigangas e marroquinarias, outro elemento responsável pela percussão e um outro que lida com a parte electrónica. Apesar do leque de elementos que recheiam os temas, os Tunng mantêm uma organização sonora irrepreensível. Repito, são ditadores no meio do caos!

Os Tunng vão ser grandes, têm tudo para o ser. Caso não o sejam, não sou eu que não entendo nada disto, é só mais uma prova que o mundo musical está mais injusto que nunca.

20 outubro 2006

THE LEMONHEADS @ Manchester Academy 2



Ter a oportunidade de ver Lemonheads ao vivo, não passaria dum sonho há alguns meses atrás. Já sabia que Evan Dando estaria em Londres para alguma sessões acústicas e quando se confirmou a tour da banda, apressei-me a comprar o ingresso para o espectáculo.
747s foram a banda que abriram as hostilidades, apresentando um som alegre, a roçar o shoegazing diria mesmo. Bastante agradável, conseguiu manter-me entusiasmado apesar da ânsia de ver Evan e seus companheiros entrar em palco.
O arranque do concerto da banda norte-americana foi fortíssimo, presenteando o público com uma mistura de temas provenientes dos álbuns mais apreciados (Ít's a Shame About Ray, Come on Feel the Lemonheads e Car Button Cloth). A banda embalou e deu um recital.
Depois foi tempo de apresentar ao vivo o novo trabalho. Obviamente que o públicou afrouxou mas manteve o entuasiasmo porque novamente a banda intercalou as novas músicas com outras mais antigas.
A 3.ª fatia do concerto, talvez a que mais aguardava, foi preenchida por um set acústico protagonizado unicamente por Evan Dando. "Being Around", "The Outdoor Type" e "Favorite T" foram sem dúvida momentos que perdurarão na memória quem esteve na Academy 2 nesta noite.
A banda voltou para mais uma mão cheia de temas até que abandonou o palco, demorando apenas 30 segundos (!) a voltar para o encore. "If I Could Talk I'd Tell You" foi a cereja que finalizou a confecção deste concerto, sendo o único tema que compôs o encore.
Apesar do curto encore os Lemonheads conseguiram contentar-me. Lembro-me dos tempos em que Evan Dando chegou a interromper showcases por se esquecer das letras das músicas... que bom saber que está recuperado e de volta aos palcos!

13 outubro 2006

Cheira bem

Cheira a anos 80, cheira a Queen, tem coros retro... mas é tão bom! Recomendo vivamente uma ida a "Sam's Town" para visitarem os Killers!

P.S.: Destaques: "For Reasons Unknown", "Bones" e "Read My Mind".

P.S.2: Se alguém por acaso achar nalguma viela uma bilhete para o concerto em Manchester, eu compro...

12 outubro 2006

2 em 1



Eis o mais recente videoclip dos Muse, "Knights of Cydonia". Duas obras de arte juntas, o video e a música. Nunca mais é dia 11 de Novembro...

10 outubro 2006

Carro vassoura

Chegou a altura. Mais que nunca, olho para o retrovisor e não vejo ninguém, mais do que nunca. Sinto-me um Minardi em plena Fórmula 1... os Ferraris esses já estão comprados e prontos a ocupar. Ide, que a minha modalidade não é esta.
Alguém precisa de um carro vassoura?

COHESION LIVE @ PLATT FIELDS PARK

No passado dia 23 de Setembro dirigi-me ao Platt Fields Park, em Manchester para assistir ao festival Cohesion Live, organizado para obter apoio monetário para a região do Kosovo. O cartaz era agradável e talvez a causa humanitária do certame tenha feito com que os céus nos tenham brindado com um dia de Primavera perfeito, quando todos os prognósticos apontavam para mais um dia chuvoso. Também não é difícil, acertar num dia chuvoso em Manchester é quase como tentar acertar na chave de um Totoloto que só inclui um número...

Assustados pelo comprimento das filas que inundavam os poucos bares presentes no recinto, optámos por carregar o stock e abancar na relva enquanto as primeiras bandas desfilavam pelo palco. Graham Coxon era o primeiro nome sonante da tarde. O ex-guitarrista dos Blur apresentou o seu rock acelerado, repleto de tiques punk, anexados a melodias brit-pop q.b. O som acabou por tornar-se algo repetitivo e o final do concerto foi aproveitado por passear pelo resto do recinto que ainda não tinha sido visitado (Obrigado XFM pelos 3 isqueiros!!!).
Stephen Fretwell tocou enquanto eu tentava sobreviver à longa fila para o WC. E mesmo ao longe as melodias do seu som acústico acariciavam os tímpanos de quem estava atento.
Seguiam-se os Elbow, o primeiro concerto a que realmente queria assistir atenciosamente. E não desiludiram, com o seu som trabalhado até ao mais ínfimo detalhe e com temas que desfilam numa parede de som sempre em crescendo. Estupenda actuação ainda que não tenha sido possível assistir a todo o concerto porque entretanto fomos em busca da cerveja perdida. Quase todos os bares tinham esgotado a cerveja...daí as pequenas filas que agora perfilavam junto aos mesmos.
Por razões ainda desconhecidas, Lou Rhodes, a famosa voz dos Lamb, não actuou embora tivesse sido vista por diversas vezes a passear pela relva do parque.
E para finalizar em beleza, depois de mais um mini DJ set manuseado pelos elementos dos Doves (que dividiram as turntables do festival com Andy Rourke, ex-Smiths), entrava em acção Damon Gough, mais conhecido por Badly Drawn Boy. Arrancou com diversos temas do novo álbum que está prestes a sair, e que emitiram sinais positivos, porque soaram... a Badly Drawn Boy! Da actuação destacaram-se "Silent Sigh" e "All Possibilities". Muito boa disposição em palco e um sentimento muito especial sempre a sair das suas composições.
Depois era tempo de rumar até casa e discutir o que teria sucedido a Lou Rhodes...



26 setembro 2006

Bomba!


Assombroso é a palavra que vem à cabeça depois de ouvir o novo single de Damien Rice, que antecede o lançamento de "9", o novo álbum em Novembro.
Para ouvir no Cancioneiro Pessoal.

14 setembro 2006

Campeões humanitários

Há equipas de futebol e há equipas de futebol. Depois de nas últimas temporadas ter analisado diversas propostas para finalmente colocar publicidade nas suas camisolas, o F.C. Barcelona acabou por ser autor de uma iniciativa brilhante e que merece o aplauso de tudo e todos. Depois de negar todas as propostas de publicidade, incluindo a de um site de apostas, por não achar moralmente correcto, o Barça deu a mão à UNICEF e selou um acordo para ostentar no seu uniforme o símbolo dessa honrosa organização internacional. Um gesto de solidariedade que não me lembro de ter visto igual no futebol internacional.
Além de uma equipa fabulosa desportivamente falando, está também a revelar-se uma entidade com uma veia humanitária invejável.
Bem haja campeões.

12 setembro 2006

Um ano de Manchester

Completa-se hoje um ano que me mudei para Manchester. Que melhor altura para um balanço?
Profissionalmente, foi ano enriquecedor, dentro das minhas expectativas. Obviamente que vamos encontrando coisas desagradáveis pelo caminho mas há que contorná-las elegantemente.
Socialmente, é um carrossel de altos e baixos. Há dias de saudades, há dias de muitos sorrisos, há reencontros e há despedidas, basicamente, as emoções andam quase sempre à flor da pele. Sinto falta de muita coisa logicamente. Do cheiro de minha casa, da minha nina, dos meus extraordinários amigos (vocês sabem quem são) e a dor é lancinante quando nos vêm à memória momentos passados na companhias destes mesmos. O cinzento que predomina nos céus ingleses rima muita vez com a cor do meu estado de espírito. Mas isso dá azo a outras coisas boas, motivou-me a escrever os meus textos outra vez, a retirar-me espiritualmente na minha música melancólica para que o meu interior não se sinta tão desamparado.
Novas amizades foram crescendo ao longo destes 365 dias, não muitas, as necessárias para fazerem valer a pena esta aventura um dia que olhe para trás. Posso felizmente afirmar que já tenho muitos bons momentos passados em Manchester dignos de figurarem no meu álbum de recordações.
Obrigado a todos os presentes e ausentes que me ajudaram a passar os momentos mais desagradáveis.
10 MÚSICAS PARA UM ANO DE MANCHESTER
> IRON & WINE: trapeze swinger
> REGINA SPEKTOR: us
> GUILLEMOTS: blue would still be blue
> BEN FOLDS: annie waits
> RAZORLIGHT: golden touch
> RUFUS WAINWRIGHT: the one i love
> THE KILLERS: Mr. Brightside
> THE RAKES: 22 grand job
> FRANZ FERDINAND: walk away
> STEREOPHONICS: dakota

05 setembro 2006

G.D.R.G.

Com tantos amigos, quer na equipa, quer na direcção, seria impossível não desejar aqui no meu cantinho a melhor sorte ao novo Gafetense, que cumpre este ano o seu ano zero.
Já fazia falta a renovação da direcção e creio que está recheada de gente capaz e entendedora do que se lhe pede. Agora, é preciso fibra, porque todos sabemos que não é nada fácil construir e manter entidades em Gáfete, nunca foi nunca será. Mas esse pormenor é outro detalhe que motiva quem conduz essas mesmas entidades. Têm todo o meu apoio, mesmo que à distância.
Só um conselho: não coloquem fasquias para este ano zero para que não hajam dissabores. Tudo o que conquistarem este ano serão bónus e para o ano, já com mais calo e uma maior noção desse trabalho, aí sim chegará a altura de exigirem algo de todos vocês. Até lá, mãos à obra e divirtam-se porque essa é a meta mais importante.

10 agosto 2006

Factor X

O factor X da história é a condicionante imprevisível e incontrolável do rumo dos acontecimentos. Aquele acontecimento impossível de prever e que marca indelevelmente o decurso da Humanidade.
A primeira vez que me cruzei com o factor X, foi no dia 11 de Setembro de 2001, quando em pleno auge dos ataques terroristas, estava eu a tentar telefonar para Washington, numa tarefa integrada no meu estágio curricular. Mal sabia eu a razão pela qual obtia do outro lado da linha a resposta: as linhas telefónicas encontram-se momentaneamente indisponíveis... Pudera!
Hoje, pela segunda vez, o factor X veio ao meu encontro. Na véspera de embarcar para as merecidas férias em Portugal, eis que um possível atentado aéreo faz com que todos os aeroportos britânicos fiquem congestionados. E o último dia de trabalho antes das férias, que deveria ser relaxada, com uma ante-câmara do que se passará nas próximas semanas, tornou-se num quebra-cabeças. Será que há vôo? Se sim, com quantas horas de atraso? E como carregar 2 computadores portáteis numa mala que vai sofrer atrocidades até repousar no porão? Só espero que amanhã por esta hora, possa rir-me ao relatar todos estes percalços enquanto saboreio uma mini Sagres...

09 agosto 2006

Tradições

Gosto de tradições. Muitos dizem que foram feitas para serem quebradas, como os recordes. Mas acho piada quando, mesmo contra ventos e marés, as tradições se mantêm de pé.
Costumamos agarrar-nos a elas quanto temos toda a força da lógica contra nós.
Eu vou fazê-lo mais uma vez. E fazer força para que se mantenha a tradição de que quem marca de calcanhar em Viena, seja campeão europeu...

25 julho 2006

REGINA SPEKTOR @ LOWRY

É possível voar num concerto? Sem dúvida... Mas quão alto? Pergunto isto porque confesso que no passado Sábado cheguei a sentir vertigens..
Conheci o som de Regina Spektor nas minhas incessantes buscas por novos sons e por notar que a cotavam como alguém na linha musical da minha adorada Fiona Apple.
Tentei e prontamente me maravilhei com o som desta songwriter nascida na extinta U.R.S.S. e que agora vive em Nova Iorque.
Regina apresentou-se sozinha, apenas acompanhado em palco pelo seu teclado Yamaha e por uma guitarra que serviria para entoar 2 temas.
Levantámos vôo com uma canção à capella e depois embalámos para as composições dominadas pelo piano. "Us", "Better", "On the radio" foram os temas mais brilhantes de uma constelação que quase queimava o público com tanta luminosidade. E no palco, Regina ficava indescritivelmente tímida quando retirava as mãos das teclas. Impressionante a força demonstrada pela cantora enquanto se envolve nas suas canções que repentinamente dá lugar a uma timidez pura e perante a qual era impossível não esboçar um sorriso, como que uma reacção espontânea tentando fazer com que ela se sentisse mais à vontade.
"Poor Little Rich Boy" além de piano, teve direito a percussão, executada também pela cantora, usando uma baquete e uma cadeira... Dos temas em que a guitarra participou, destaque para "That Time". O encore só conteve um tema, cantado de novo à capella, com percussão feita no próprio microfone mais uma vez.
Esta noite no Lowry vai directamente para a galeria dos melhores concertos a que já assisti, sem qualquer tipo de dúvida.Fabulosa a forma como Regina escolhe temas dos diferentes albúns sem nunca perder um pingo de qualidade.
P.S.: Ainda teve tempo de ensinar aos britânicos que o nome dela não se pronuncia com Rejaina mas sim como Regina, que significa Rainha em latim, mais do que nunca...
P.S.2: Desde que acabou o concerto ainda não parei de cantarolar e ouvir até à exaustão o som dela, da bela Regina.

18 julho 2006

Vanity Fair

I went to the vanity fair
And I saw so many people happy there
People that were not happy before
That were able to turnaround the score

I just want to make you aware
That I'm there, at the vanity fair

All frowns turned to smiles,
All dressed in their disguises,
All the beauty provided by the masks
All the truth forgotten if anyone asks

I just want to make you aware
That I'm there, at the vanity fair


And when your ticket expires,
And they capture all the liars,
Will you look at me in despair
and wash away that make-up that you wear?

I just want to make you aware
That I'm there, at the vanity fair

21/07/2006

17 julho 2006

Different Roads

Here comes another curve,
Don't mind about me, I'll take the long way
My vehicle belongs to another class

If I crash, I'll call for help myself
Doesn't need to be on your behalf

We are going through different roads,
Different ways of driving
We are using different guiding maps,
Different ways of living


And when you stop seeing me
On your broken rearview mirror
It won't mean that I got lost
I just found a road that's better

If I crash, I'll call for help myself
Doesn't need to be on your behalf
17/07/2006

10 julho 2006

Há Caracoles!

Anuncio oficialmente a abertura do meu novo blog HÁ CARACOLES! Dedicado a piadas secas, rasgos de humor brilhantes e calinadas que vou coleccionando no meu pacato quotidiano!
Vai uma gargalhada?

05 julho 2006

O2 Wireless Festival @ Leeds

Mochila às costas, encarei sozinho o caminho que me levaria a Leeds, mais propriamente à Harewood House, herdade onde se realizaria o O2 Wireless Festival, ocupando os 2 dias do fim-de-semana (eu apenas comprei bilhete para o 1.º dia).
Duas horas depois de partir de Manchester estava a entrar no recinto, viagem mais rápida era impossível. Depois de um primeiro reconhecimento do local, tempo para me deslocar até ao Galaxy Stage (palco alternativo patrocinado por uma rádio britânica) onde já tinham sido abertas as hostilidades.
A 1.ª banda a entrar em acção foram os Grandadbob, perfeitos desconhecidos para mim. Apresentaram uma mescla de sons diferente, com pormenores electrónicos, violoncelo, xilofones e uma voz feminina de tons épicos. Interessante.
Depois era tempo para abancar no excelente relvado, sob o surpreendente sol (!) e confeccionar uma bela sandes mista. Seguidamente era altura de molhar a garganta e lá fui estrear a barraquinha da cerveja.
O palco principal acabava de ser inaugurado quando me aproximei, a cargo dos Metric, banda canadiana que também desconhecia. Agradaram-me bastante, especialmente durante as explorações melódicas instrumentais que executavam durante todas as músicas. Não sei se com motivos ou não, fizeram-me recordar Placebo, embora não veja uma ligação tão directa entre as bandas.
No palco principal seguiu-se o igualmente desconhecido (para mim) Sway. Rapper britânico apenas acompanhado de um DJ e vi imediatamente que todas as músicas soariam ao mesmo. Além disso os Mojave 3 aprestavam-se para actuar no palco alternativo. Momento para recarregar a cervejola e sentar-me em frente ao palco, situado dentro de uma tenda de circo. E foi a primeira grande actuação do festival. Os seus sons oriundos do deserto americano, as melodias simples e ao mesmo tempo profundas e o rock arenoso que fazia bater o pé. Uma performance bem sólida.
Após a banda norte-americana, tomou conta do palco o projecto Get Cape, Wear Cape, Fly, personalizado por Sam Duckworth, somente acompanhado pelo seu laptop e a sua viola acústica. Se a ideia parecia promissora no papel, melhor soou ainda na prática. Composições sólidas e melódicas, sentidas, reforçadas por batidas poderosas, conjugando-se na perfeição. Bastante refrescante esta mescla musical, que me fez pesquisar mais tarde sobre este projecto.
A meio do 3.º tema, mudei-me de armas e bagagens para o palco principal, com a missão de confirmar se os Gnarls Barkley eram mais que um one hit wonder. Bastante prejudicados pelo som precário e pelo estado degradado das cordas vocais do excelente vocalista, ainda assim a banda demonstrou que tem mais composições de bom nível além do popular "Crazy". Fiquei claramente com a ideia de que, reunidas as melhores condições, o concerto dos Gnarls Barkley teria sido bastante bom, assim não passou de mediano. A rever.
De volta ao Galaxy Stage onde os Midlake já emitiam o seu rock trabalhado, oriundo do Texas, com uns tiques experimentalistas q.b. não muito usuais no rock vindo dessas paragens.
Um som adulto mas que me pareceu que necessita de crescer melodicamente. Mas foram positivas as indicações dadas pela grupo texano.
Pharell já actuava quando regressei ao palco primário. O membro dos N*E*R*D* mostrou ser um excelente entertainer, capaz de pôr a multidão a dançar com o seu hip-hop-soul sempre coadjuvado por batidas super interessantes. O facto de Pharell estar acompanhado por uma banda, que tocou hip-hop ao vivo, enriqueceu inegavelmente a qualidade do seu show. O outro factor que tornou o concerto de Pharell muito mais interessante foi o ter interpretado temas do cardápio N*E*R*D*. Não contava com isso e delirei quando ouvi o primeiro, porque isso significava que mais se seguiriam. Excelente espectáculo!
A chuva começou a cair e era altura de sacar o impermeável da mochila (sim, os festivais de Verão ingleses não incluem garantidamente o sol). Ainda assim, o sol tinham reinado durante a maior parte do dia. Comecei a sonhar como seria bom ouvir Massive Attack debaixo de chuva... que cenário intringante.
Aguardei em frente ao palco o início da actuação dos Goldfrapp. Depois de ouvir o tema inicial, virei-lhes as costas. Acho que nunca perdoarei aos Goldfrapp por terem mudando de sonoridade após um primeiro álbum quase perfeito. Além do mais, as batidas só me fazem lembrar bandas pirosas...
Pela primeira vez, a relva que se encontrava dentro da tenda do palco secundário ficou completamente repleta com a actuação de Terry Callier. Porém notava-se claramente que era por DJ Shadow que a multidão enchia a tenda, ansiando pelas gordas batidas vindas dos vinis.
E foi à porta da tenda que aguardei por um buraquinho para poder assistir à sessão de Shadow. Desde o primeiro segundo que o público estava rendido. DJ Shadow começou por informar que seria a sua 2.ª actuação a solo em 3 anos, o que ajudou a tornar a ocasião ainda mais especial. Com motivos visuais a legendarem os sons saídos das suas 3 turntables, o espectáculo ganhava ainda outra dimensão. Reconheço que quando entraram em acção os rappers convidados a música perdeu algum interesse (pessoalmente falando). Além do mais, o cansaço começava a apoderar-se de mim...
Tempo para ouvir os últimos sons de DJ Shadow sentado na relva, enquanto digeria mais uma sandocha. Depois, altura de ir reservar lugar perto do palco para assistir ao grande concerto da noite e a razão que me levou a Leeds! MASSIVE ATTACK!
A veia política dos Massive continua em alta, no final da 1.ª música já tinham mandado à merda um dos partidos políticos ingleses. O espectáculo foi semelhante ao que tinha assitido em Lisboa quando da digressão de "100th Window", porém com mais flashbacks pois os Massive Attack estão agora a promover o seu best of, denominado "Collected". Dos temas originais desse disco duplo só apresentaram "Live With Me", o 1.º single retirado dessa colectânea, vocalizado in loco pelo próprio Terry Callier. Podemos mesmo dizer que a banda de Bristol estava super acompanhada porque além de Callier e dos já habituais Horace Andy e Deborah Miller, trouxeram também Liz Fraser! O único ponto negativo do concerto foi a falta de fãs acérrimos, embora houvesse imensa malta a desfrutar. Musicalmente foi estrondoso como sempre, ao longo do desfilar dos temas. Mais uma vez Deborah brilhou ao entoar "Unfinished Simpathy".
A chuva acabou por não comparecer mas o céu apressou-se a escurecer para que a música fizesse ainda mais sentido e para que o usual placard electrónico transmitisse os seus slogans políticos, atacando principalmente as acções dos E.U.A. no Iraque. Música para sentir e reflectir e... para me dar ânimo para o regresso a casa.
Seguiram-se 2 horas à espera de autocarro para sair do recinto em direcção a Leeds e 5 horas depois chegava a casa, são e salvo! Mal me podia mexer, mas a minha alma estava satisfeita... e foi com esse objectivo que saí de casa e me pus ao caminho.

04 julho 2006

Há tanto tempo!

Já não acende com tanta chama o isqueiro,
Já não balançam com tanta alegria as redes,
Já não brilham com tanta força as estrelas,
Já não há ninguém para recebê-las

Já não respiramos, nem fora de água,
Já não inventamos filmes,
Já não esmurramos com força,
Já não ganho sem rival

Não houve tempo para o adeus,
Haverá certamente para o olá outra vez,

O que dói mais surge repentinamente,
Mas nunca nos suga completamente

Já não estás cá... há tanto tempo!

04-05/07/2006

14 junho 2006

Gomez @ The Ritz

A primeira impressão quando entrei nesta sala foi a de uma antiga sala de bailes, como aquelas dos filmes americanos em que se realizam as prom nights. Desta feita cheguei ainda antes da banda de suporte pisar o palco.
Os Clayhill soaram como uma banda que se encaixou perfeitamente no som dos Gomez, sons maioritariamente acústicos, raptados de paisagens do deserto americano, dominados por um contrabaixo (por vezes tocado à là violino) que fazia tremer todos os presentes. A voz remeteu-me muitas vezes para Ryan Adams, algo também alimentado pelos sons (mais semelhantes aquando Ryan está acompanhado pelos Cardinals). Um bom aperitivo para o banquete sonoro que se seguiria.

Digo prontamente que o concerto dos Gomez é daqueles que quando saimos dele só apetecer dizer que eles são a melhor banda do mundo.
Como esperado, os temas de "Bring It On", o primeiro trabalho da banda, foram os recebidos mais entusiasticamente. Há tanta coisa para descobrir em cada tema da banda, duelos de guitarras, duelos de baixos, duelos de percussões e jogos de vozes entre os 3 vocalistas.
Apesar de todos os instrumentos envolvidos nas sonoridades deste sexteto, o que me continua a fascinar mais é a possante voz de Ben Ottewell. Reforça o sentimento blues dos Gomez, que também se aventuram pelo rock n' roll, tiques de brit pop (especialmente nas canções interpretadas por Ian Ball a.k.a. Ricardo Carvalho), salpicos de electrónica, americana, enfim, uma barrigada de ingredientes musicais que não enjoam. Tom Gray é o porta-voz, o elo entre o público rendido e a banda. "Whippin' Picadilly" fechou um concerto em grande, ao qual ainda faltaram grandes temas do início da carreira, mas foram compensados com os novos temas que soaram magnificamente.

09 maio 2006

Colaborador

Tendo-me tornado num visitante assíduo dos MP3 Blogs, foi com curiosidade que vi a oportunidade de me tornar colaborador de um dos mesmos. A tarefa é simples, descobrir música na net e partilhá-la com que visita esse blog. A minha primeira intervenção nesse aconteceu ontem, onde publiquei um post sobre o mais recente EP dos Guillemots. Vão passando por lá, poderão encontrar música que vos agrade para descarregarem.

O blog é este:
Modern Music

08 maio 2006

Altamente Recomendáveis

Estou de volta depois de um hiato algo longo. Para vos recompensar, deixo-vos mais duas recomendações musicais, oriundas de duas senhoras maravilhosas. Fiona Apple é já desde algum tempo uma das minhas vozes favoritas e está de volta com "Extraordinary Machine", mais um disco brilhante, à imagem dos 2 anteriores. Regina Spektor é um descoberta recente, pelo menos da minha parte, mas "Soviet Kitsch" vai ser sem dúvida um dos albúns que mais irei ouvir ao longo dos próximos meses (e já tenho bilhete para vê-la quando passar em Manchester, no próximo mês de Julho!).

Ainda hoje vou colocar uma canção destes albúns no Cancioneiro Pessoal, vão visitando esse blog também para verificarem se já estão disponíveis.

02 abril 2006

Reforço

Estreou-se ontem na Lente de Contacto Pedro Nogueira, o mais recente e último reforço da equipa a quem está entregue o blog. Todos os dias, rotativamente entre os membros do blog, uma foto. Aguardamos os vossos cliques.

31 março 2006

Aviso à tripulação


Só para avisar que, como prometido, encontram-se disponíveis as primeiras as músicas destacadas no Cancioneiro Pessoal. "Saeglopur", uma das mais recentes viagens sónicas dos islandeses Sigur Rós, e "Hurt", o hino que Johnny Cash escolheu para se despedir da vida (versão do tema original dos Nine Inch Nails). Aguardo as vossas visitas e os vossos comentários (identificados, se não for pedir muito...).

P.S.: É só clicar e depois "Abrir" ou "Salvar".

Family Guy

Já tinha falado brevemente, num post anterior, sobre esta série de animação. Mas estou tão fã que decidi dedicar-lhe um post inteiro! É uma série fenomenal, que facilmente coloco no mesmo patamar dos Simpsons, embora a série da família de Springfield tenha sempre o galardão de breakthrough, isto é de pioneira.
Family Guy retrata igualmente as peripécias de uma família americana, constituída pelo casal, 3 filhos (2 rapazes e 1 rapariga) e o cão (que fala e é uma pessoa autêntica, não fora a sua aparência canina). Peter, o chefe de família tem tudo a ver com Homer Simpson, com um estilo de vida extremamente semelhante e uma mente tão ou menos brilhante, da qual foi herdeiro o filho mais velho, Chris.
O pequeno rebento de apenas um ano de idade, Stewie, já tem planos para conquistar o mundo e vive numa sede de vingança para com a mãe, por esta o ter feito prisioneiro durante 9 meses no seu útero. O cão, Brian, é um pseudo-intelectual, passando grande parte dos seus tempos a ler e tentado por algum juízo naquele alucinado lar, mas as suas tentativas saem frustradas. São estas as minhas duas personagens favoritas, de longe.
São momentos de gargalhadas garantidos, com um humor que trepida entre o inteligente e o non-sense. A não perder, caso tenham alguma forma de visionar esta maravilha animada.

28 março 2006

BOMBOM

Relacionado com o post anterior, aqui vai um bombom para aqueles que visitam o meu blog. Podem ter acesso ao tema "Trapeze Swinger" dos Iron & Wine, clicando neste link (para fazer o download é só clicar no link e ao fim de 30 sengundos, no canto inferior direito da página têm o link para o download). Escutem e deliciem-se...

P.S.: a partir de hoje, o meu blog musical,
Cancioneiro Pessoal também vos disponibilizará os temas que nele destaque. Espero então mais visitas e que deixem a vossa opinião sobre as canções...

27 março 2006

Magnífico

Magnífico é a palavra ideal para adjectivar "In The Reins", o último trabalho do projecto Iron & Wine, liderado por Sam Bean, composto com a colaboração dos Calexico. Canções melancólicas, capazes de aquecer qualquer alma penada, que nos tocam de forma singular. Não é só este albúm, quem já conhece Iron & Wine não se espantará com a qualidade deste disco. Sam Beam é sem dúvida um dos melhores escritores de canções contemporâneos, de longe...
Não passem ao lado deste disco, altamente recomendável e viciante.

P.S.: Não percam também a oportunidade de vasculharem e ouvirem o tema "Trapeze Swinger", presente na banda sonora do filme "In Good Company". Um hino ao amor imperdível.

19 março 2006

Lente de Contacto

Anuncio-vos a abertura do meu mais recente espaço cibernético (o terceiro!), baptizado de Lente de Contacto. O projecto é partilhado com mais 4 compinchas e é dedicado à fotografia. A ideia é que diaria e rotativamente, um de nós coloque no blog uma foto tirada por nós, a qual julgaremos suficientemente interessante para partilhar convosco e atrair a vossa atenção para que o visitem regularmente.
Os restantes companheiros de aventura são o Paulo Garcia, o André Durão, o José Lucas e a Teresa Montalvão.
Ainda estamos em obras, à procura do melhor design, mas já podem começar a passar por lá e a dizerem de vossa justiça...
Bookmarkem.... lentedecontacto.blogspot.com

Hobbies

Sozinho em casa? Nada para fazer nas horas mortas? Que tal pegar no telefone, ou num dos programas disponíveis na internet que permitem efectuar telefonemas gratuitos, e ligar para um restaurante no Chile e perguntar se está lá o Speedy Gonzales, porque precisamos de falar com ele?
Demasiado non-sense? OK... era só uma sugestão!

27 fevereiro 2006

Jack Johnson @ M.E.N. Arena

Desta feita não posso falar, infelizmente, das bandas de suporte. Cheguei em cima da hora, se quiserem entender a razão perguntem ao condutor do 101 que me parecia mais perdido que eu naquela rota manhosa. Adiante...
Jack Johnson entrou em palco calçado, pela primeira vez em 2 anos (pudera, com a temperatura a rondar os zero graus em Manchester...), mas ao fim dos 2 primeiros temas, os sapatos já não faziam parte da indumentária do songwriter. Era um bom sinal, era sinal que o calor estava a invadir a imensa M.E.N Arena. O segundo tema, "Taylor", tinha sido o primeiro belo momento colectivo, embora desde o primeiro acorde a plateia estivesse rendida.
Com o desfilar dos temas, a plateia fica mais liberta para se juntar ao norte-americano e cantar a uma só voz. "Sitting, Waiting, Wishing", "Maybe" e "Bubble Toes" (para mim o melhor momento do concerto) foram cantadas quase em uníssono. Ao longo do concerto, outra estrela foi despontando em palco, Zach Gill, o teclista que normalmente acompanha Jack Johnson e que pode ser visto no videoclip de "Sitting, Waiting, Wishing". É um show man autêntico, que contrasta com a timidez de Jack Johnson, que cada vez que comunica com o público termina a interacção com um sorriso de miúdo, de quem está meio envergonhado.
Como interlúdios entre as suas músicas, Johnson tocou ainda sons de White Stripes ("My Doorbell") e Sublime ("Bad Fish"), sempre bons de ouvir também.
Na parte final da noite, Matt Costa (que tinha actuado na 1ª parte, juntamente com a banda de Zach Gill, os ALO), juntou-se a Jack Johnson para tocarem umas das suas próprias composições.
No único encore da noite, Jack voltou sozinho, com a sua guitarra, e brindou-nos com mais uma mão cheia de temas. Só faltava a fogueira entre nós e ele, mas o calor sentia-se na mesma.
Acabou o concerto, abriram-se as portas, toca a abotoar o casaco rapaz, que o Jack já se foi embora...

26 fevereiro 2006

Estratégias do Espertalhão

Eu sabia, eu sabia, mas não quis dizer nada para não me chamarem de fundamentalista. Há umas boas semanas que andava a reparar no péssimo estado do relvado do estádio do Chelsea e perguntava-me como era possível uma equipa com tão grandes objectivos, deixar o relvado ficar naquele estado lastimoso... Quando começou a contagem decrescente para o mui aguardado Chelsea x Barcelona, um horrível pensamento atravessou a minha mente: sabendo que o Barcelona é de longe a melhor equipa a praticar futebol, futebol total, seria propositadamente que o Chelsea deixaria ficar o tapete de Stamford Bridge assim?
Pois bem, apenas quatro dias após o jogo com o Barcelona... o Chelsea anuncia que vai mudar o relvado...! Primeiro Mourinho tinha afirmado que não iriam mudar o relvado porque era derivado a essas mudanças que o relvado estava naquela condição, mas afinal parece que vai ser trocado! Mais, na própria manhã do embate entre o campeão espanhol e o campeão de Inglaterra (chuvosa por sinal), a direcção dos blues decidiu regar o já paupérrimo tapete do estádio... E agora não me digam que é coincidência... Só se deixa enganar quem quer!

20 fevereiro 2006

Pérolas da TV

Depois de um começo algo duvidoso, a minha relação com a TV inglesa tem vindo a melhorar. Com o tempo vamos conseguindo explorar melhor o terreno e escavar em busca das pérolas escondidas. O arranque da nova grelha do Channel Five foi algo de extraodinário. Séries preciosas para todos os dias da semana. Entre as mesmas destaco "Prison Break" (que se passar em Portugal talvez se chamará "A Fuga Sangrenta da Prisão Maldita"). A série conta a história de Michael Scofield (Wentworth Miller), que alinhava um assalto a um banco, propositadamente falhado, de modo a ganhar bilhete de ingresso para a prisão onde o seu irmão se encontra preso e com sentença de morte marcada para breve. Michael programou a futura fuga até ao mais ínfimo pormenor, ao ponto de tatuar por todo o seu corpo a planta da prisão, embora disfarçadamente. Apesar de todos os obstáculos que vai enfrentando, Michael não desvia nem um milímetro o seu plano e segue a religiosamente o seu plano. Outra série brilhante é House (em Portugal, será algo como "Casa dos Médicos", nem tomando atenção que House é o nome da personagem principal), que retrata o dia-a-dia de um médico com procedimentos algo ortodoxos. Com um humor cortante e sempre remando contra a maré, House lá vai conseguindo levar a água ao seu moinho.
Outras pérolas são as séries de animação "American Dad" e "Family Guy", ao melhor estilo dos "Simpsons". Gargalhada atrás de gargalhada, com humor sarcástico q.b. (ou ás vezes roçando os limites).

02 fevereiro 2006

Ben Lee @ Life Cafe's Late Room

Life, live, love, lee. 4 palavras servem para descrever a noite no Late Room.

Mas antes de Ben Lee, foi Tina Dico a abrir as hostilidades. Voz dinamarquesa que já coloriu faixas dos Zero 7, suave e simpática, serviu como um excelente couvert para o prato principal que se seguiria. Após vários lançamentos na terra natal, Tina aventura-se internacionalmente, explorando um género de música que ao mesmo tempo que abraça a pop, não deixa de piscar o olho a outras correntes mais desviantes.
Depois, veio o australiano que David Hasselhoff nunca mais esqueceu (Ben Lee beijou-o na entrega dos prémios da música australiana), com os seus sons doces e crúeis, as suas letras descarnadas e verídicas, nas quais todas as pessoas normais se identificam.
Claro que no spotlight tiveram os temas de "Awake is the new sleep", o último disco de Ben Lee, que no entanto não dispensou melodias de albúns anteriores, como "Cigarettes will kill you".
Ben Lee demonstrou toda a sua simplicidade ao largar o palco para vir para o meio do público (ou melhor, para cima de uma das mesas da sala) entoar o último tema da noite "We're all in this together", com direito a um coro geral, de todos os presentes.
Esperemos que o regresso a Manchester não demore novamente 4 anos e que regresse envolvido no projecto The Bens (que envolve Ben Lee, Ben Folds e Ben Kweller), para uma noite que seria certamente gloriosa.

17 janeiro 2006

Adenda

Já sabia que ao escolher os melhores álbuns (para mim) de 2005 me iria esquecer de alguém. Faço uma adenda:
* Bolliwood Brass Band: Rahmania.

12 janeiro 2006

10 músicas para 2005

Depois dos álbuns, as 5 músicas do ano, para este humilde ouvinte. A ordem é aleatória:

* The Strokes: Juicebox
* Antony & The Johnsons: Bird Guhrl
* Cat Empire: In My Pocket
* The Killers: Mr. Brightside
* Franz Ferdinand: Walking Away
* Jack Johnson: Sitting, Waiting, Wishing
* System of a Down: Radio/Video
* Humanos: Maria Albertina
* Bright Eyes: First Day Of My Life
* LCD Soundsystem: Tribulations

09 janeiro 2006

O meu top de 2005

Aqui vão os álbuns que mais ouvi durante o último ano. 2005 não conta como o ano de criação mas sim como o ano em que os ouvi...

1: Antony & The Johnsons: I am a bird now
2: Jack Johnson: In between dreams
3: Damien Rice: O
4: Josh Rouse: 1972
5: Arcade Fire: Funeral

Aguardo os vossos preferidos de 2005.