25 julho 2006

REGINA SPEKTOR @ LOWRY

É possível voar num concerto? Sem dúvida... Mas quão alto? Pergunto isto porque confesso que no passado Sábado cheguei a sentir vertigens..
Conheci o som de Regina Spektor nas minhas incessantes buscas por novos sons e por notar que a cotavam como alguém na linha musical da minha adorada Fiona Apple.
Tentei e prontamente me maravilhei com o som desta songwriter nascida na extinta U.R.S.S. e que agora vive em Nova Iorque.
Regina apresentou-se sozinha, apenas acompanhado em palco pelo seu teclado Yamaha e por uma guitarra que serviria para entoar 2 temas.
Levantámos vôo com uma canção à capella e depois embalámos para as composições dominadas pelo piano. "Us", "Better", "On the radio" foram os temas mais brilhantes de uma constelação que quase queimava o público com tanta luminosidade. E no palco, Regina ficava indescritivelmente tímida quando retirava as mãos das teclas. Impressionante a força demonstrada pela cantora enquanto se envolve nas suas canções que repentinamente dá lugar a uma timidez pura e perante a qual era impossível não esboçar um sorriso, como que uma reacção espontânea tentando fazer com que ela se sentisse mais à vontade.
"Poor Little Rich Boy" além de piano, teve direito a percussão, executada também pela cantora, usando uma baquete e uma cadeira... Dos temas em que a guitarra participou, destaque para "That Time". O encore só conteve um tema, cantado de novo à capella, com percussão feita no próprio microfone mais uma vez.
Esta noite no Lowry vai directamente para a galeria dos melhores concertos a que já assisti, sem qualquer tipo de dúvida.Fabulosa a forma como Regina escolhe temas dos diferentes albúns sem nunca perder um pingo de qualidade.
P.S.: Ainda teve tempo de ensinar aos britânicos que o nome dela não se pronuncia com Rejaina mas sim como Regina, que significa Rainha em latim, mais do que nunca...
P.S.2: Desde que acabou o concerto ainda não parei de cantarolar e ouvir até à exaustão o som dela, da bela Regina.

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