25 janeiro 2008

Céu azul, quando aprendes a chover?

Acaba por ser interessante ver como tudo se vai apaziguando progressivamente dentro de mim. Passado algum tempo conseguimos encaixar peças que anteriormente não cabiam em lado nenhum. Começamos obrigatoriamente a aceitar coisas que anteriormente simplesmente tentávamos ignorar.


Sonhei demais, eu sei. Sei agora que realmente os sonhos não existem. Porque os sonhos são bons porque são apenas controlados por nós. Mas a realidade não é assim. É influenciada por uma enxurrada de factos, 99% dos quais nós não entendemos minimamente.

Sinto-me ridículo por vezes. Mas isso faz tudo parte do pacote de emoções. E faz parte também de quem age sempre sem medo dos sentimentos. Encaro-os de frente, sejam eles quais forem, a qualquer hora, em qualquer lugar. Magoo-me, caio, levanto-me, derrubam-me, volto a levantar-me quantas vezes forem necessárias. Embora cada vez com menos força e menos crença. Porque a repetição cansa, admito.

Olhei no espelho e assimilei. Processei a informação. Limpei a lágrima que fugia no canto do olho, expressando ainda a inabalável incompreensão que estas coisas causam.

Sorri. Não, ainda não. Mas, o oposto também já não acontecerá.

Vesti o casaco. E enfrentei o frio. Sozinho.

Sem comentários: