30 janeiro 2008
Paradeiro Desconhecido
Promete não é? Mas não tive coragem de o publicar. Pelo menos, não aqui.
27 janeiro 2008
Há uma luz que nunca se apaga.
Sunday Feeling
Apeteceu-me portanto partilhar com todos aqueles que possam precisar de um afago por estes dias (e sei que são muitos!).
26 janeiro 2008
A primeira ferradela de 2008
E eis que surge a minha primeira grande descoberta deste ano. Já tinha lido sobre eles, já tinha o álbum à mercê há uns dias mas ainda não me tinha dedicado a ele.
Em boa hora o fiz. Os Vampire Weekend são uma onda refrescantes e, independentemente dos detalhes musicais, fazem recordar-me a frescura dos Guillemots.
Este quarteto nova-iorquino traz na bagagem melodias pop de Verão, apimentadas por ritmos e sonoridades importadas de África, que se encaixam nas música de forma subtil. Beatles + Paul Simon? Talvez.
Duas amostras, incluindo o fabuloso videoclip de A-Punk.
Dia 27/2 em Manchester.
Mansard Roof
Saturday Feeling
The Killers: sweet talk
"Let me fly. Man, I need a release from this troublesome mind.
Fix my feet when they’re stumbling.
And well you know it hurts sometimes. You know it's gonna bleed sometimes."
25 janeiro 2008
Céu azul, quando aprendes a chover?
24 janeiro 2008
Thursday Feeling
Placebo: meds
"I was alone, Falling free, Trying my best not to forget,
What happened to us?
What happened to me? What happened as I let it slip?"
22 janeiro 2008
O post que nunca devia ter sido.
Ainda tremo ao chegares. Tenho saudades de tudo. Sinto-me mais frágil que nunca. Qualquer sopro de vento me faz mudar de opinião. Qualquer segundo me traz novas formas de pensar.
Queria sentir a tua mão a procurar a minha. A tua mente a vir até mim mesmo quando menos esperas. Naquela terça-feira à tarde enquanto olhas pela janela do edifício onde te encontras.
Queria que rebentasses de saudades. Queria que me dissesses aquilo que tanto quero ouvir.
Queria que me oferecesses o teu aroma outra vez.
Amnésia Sentimental
20 janeiro 2008
Indecifrável
Assisto a abraços e beijos e mensagens a serem trocadas. E sou obrigado a olhar para o lado, para o chão, para as minhas mãos vazias. E ao mesmo tempo tão cheias. Não entendo como posso estar nesta posição.
Penso em lavá-las.
Sinto que arrumo a minha estante e fecho a porta, mas quando a volto a abrir tudo se encontra espalhado desordeiramente pelo chão mais uma vez. Pego nas minhas mãos vazias e arrumo tudo de novo.
Bem sei que será em vão. Continuarei a aguardar dentro de mim. Por uma demonstração de afecto. Daquelas que nos acordam a meio da noite. Quando menos esperamos. Mas também não tem de ser tal como imaginei. O que importava era mesmo que acontecesse. Mas sei que não.
E as minhas mãos ainda estão aqui. Como se isso importasse alguma coisa. E por isso sinto-me ridículo porque nada disto faz sentido a não ser pra mim. Mas sinto falta da procura.
18 janeiro 2008
Breu
Sinceramente começo a fartar-me da situação mas a minha revolta não irá resultar em nada. Não será a saída para este cenário. E sei que quando a onda vem, eu vou com ela. Não há como escapar.
Apenas gostava de ter uma luz. Que desfizesse pelo menos algumas das minhas interrogações. Sei que ninguém tem respostas. Neste momento, muito provavelmente, ninguém mesmo.
17 janeiro 2008
15 janeiro 2008
Fly Away
Esgotado
Portishead: roads [live at nyc]
"Storm.. in the morning light I feel, No more can I say, Frozen to myself"
14 janeiro 2008
Monday Feeling
Jay-Jay Johanson: she doesn't live here anymore
"there's nobody here to catch me when I fall"
11 janeiro 2008
A Melancolia e a Tristeza Infinita
The Smashing Pumpkins: mellon collie and the infinite sadness
10 janeiro 2008
Mata-me outra vez
Valerá então a pena lutar para a construção dessa curva? Ou mais vale estar quieto? Talvez doa menos no final. Será mesmo preciso perdermos as coisas para percebermos a falta que nos fazem?
Antony & The Johnsons: cripple and the starfish
"I am very happy... so please hurt me"
Estrangulamento
O abortar de um sentimento. Deveria ser proibido. Era nessa opção que votaria se houvesse um referendo para esta questão. O olhar para trás e sentir a obrigação de construir auto-defesas para que esses "flashbacks" já não magoem. O pior de tudo é mesmo quando começamos a ter êxito nessa tarefa. O que anteriormente magoava imenso, começa a magoar cada vez menos.
Habituar-me a caminhar sozinho. Terminar o dia sem partilhar as minhas desventuras. Matar piadas dentro de mim mesmo, por não terem o público alvo que as iria entender. Olhar para o lado e ainda sorrir apesar de ninguém estar ali.
Se acham que deveria ir-me sentido vitorioso por isso... estão redondamente enganados. Sinto-me ainda mais triste. Porque quando tenho algo para dar, gosto de o fazer. E não há nada melhor que isso.
Hoje será apenas igual a ontem. Mas com ainda menos um bocadinho de ti.
The Smashing Pumpkins: disarm
"i used to be a little boy, so old in my shoes,
And what I choose is my choice (...)
the killer in me is the killer in you"
09 janeiro 2008
07 janeiro 2008
Go!
Digo isto com uma seta atravessada no meu interior, que não me permite respirar. Com nós na garganta, que mal me permitem falar. Com névoa nos olhos, que mal me permite ver. Com gelo nas mãos, que não me permite sentir o calor de mais nada. Com memórias na mente, que não me permitem encontrar explicações ou soluções.
Com pózinhos de perlimpimpim nas veias, que não me permitem sangrar...
The Smashing Pumpkins: the last song
06 janeiro 2008
Sem reflexo
E sinto-me cada vez mais longe. Mais impotente. Angustio. Azedo. Torno-me pó. E tenho pena. Lembro cada momento até ao mais ínfimo detalhe.
05 janeiro 2008
Essência
No meu caso acontece maioritariamente derivado a músicas, como melómano que sou [isto significa que adoro música, não pensem que significa que ganho a vida a vender melões na berma duma estrada nacional qualquer].
A primeira coisa que faço em qualquer sítio que esteja é reparar que música está tocar. Posso dizer que esta tarde, por exemplo, tocava Josh Rouse nos provadores da H&M enquanto eu experimentava o novo pullover.
Os objectos também sempre me fascinaram. Guardo todas as coisas que me relembrem algo ou alguém especial. Por exemplo, tenho um maço de tabaco vazio no meu quarto há meses. Contudo, os objectos acarretam o problema logístico. E além disso ninguém quer ser apanhado com um pau de um chupa ingerido há anos, no bolso das calças.
Mas são os aromas que me começam a espantar. Há alguns anos nem ligava muito a este quadrante. Mas as sensações são algo incontrolável e não podemos optar se vão mexer connosco ou não.
Foi por isso que a senhora colocada à minha frente na fila dos passaportes mexeu comigo. Indirectamente como é óbvio. Foi naquele momento que a minha memória deu mais uma cambalhota.
Recuei àquele momento mágico. Correste, estendeste os braços, penduraste-te em mim.
- Cheira-me - pediste tu.
Não era preciso. O meu olfacto já te conhecia de cor há algum tempo.
The last song
Não sei que mais escrever. Gostava de poder afirmar que este seria o meu último texto sobre isto. Mas sei que não o posso garantir a mim mesmo. A instabilidade que me acompanha neste momento não o permite.
Por vezes sinto uma força enorme mas, no segundo seguinte, caio tão facilmente como um castelo de cartas.
Às vezes tento perceber que força estranha me permite sair da cama. Levantar sem temer que o pé não tenha firmeza para se apoiar. Abrir os olhos e enfrentar todos os pensamentos claustrofóbicos.
Os quilómetros de dúvidas que diariamente percorro, acabam por me deixar sempre no mesmo local. Longe de ti. Sem qualquer abrigo para me defender dos fantasmas que todas as noites me assaltam o sono.
Não sei que mais escrever. Sei sim, que nada do que escreva terá alguma importância.
04 janeiro 2008
Paragens
Sentei-me e pus o jornal de parte. Apeteceu-me pensar em ti. Lembrei-me de quando me sentava neste mesmo sítio, com todos os meus receios e com todos os salpicos de alegria que conseguia reunir naqueles dias. Hoje tudo estava mais negro, até o céu. Mas ainda assim, a minha mente escolheu essa paragem.
Parece que apesar de tudo, para já, estou cada vez mais aqui.
Sorrisos
Aquele sorriso de puto que tinha voltado a ter, quase sem dar por isso. Quando pensei que nunca fosse capaz de tê-lo.
Dizem que boas coisas acontecem àqueles que esperam. Eu esperarei. Sentado num baloiço, com o lugar a meu lado vago. Até que queiras sorrir, como uma criança também. De novo.
03 janeiro 2008
Strip
Hoje quando acordei, e ao mesmo tempo que os primeiros flocos de neve do ano, bailavam em frente à minha janela, despi o meu quarto de ti.
E foi como arrancar pedaços da minha própria pele. Cedo percebi também que vê-lo despido de ti, vai custar quase tanto como vê-lo pintado de ti.
Mais uma vez me perguntei: como pode tudo mudar tanto em tão pouco tempo? Como podem as folhas cair quando nem sequer brisas sopravam aqui?
02 janeiro 2008
Anónimo
Adorei a tua glória, és a minha história,
Mas depois desiludiste-me,
Tu sabes que somos iguais
Depois do sorriso fechado, encontrei-te,
Aquele que eu amo, como que vindo do céu,
Sorris para mim, sorrio para ti,
Tu sabes que somos iguais
Não és um inimigo,
Carinhoso como o céu,
Por favor não me perguntes porquê
Eu... choro."
Nesse mesmo dia, horas mais tarde, uma nova estrela começou a cruzar o meu caminho, praticamente sem que desse por ela inicialmente. Passado este tempo, voltei a colocar esta música enquanto conduzia, talvez no fundo de mim, com a esperança de que se tornasse na minha música talismã. Infelizmente, as coisas não são assim tão simples. Nem nós podemos controlar certas coisas, quanto mais uma música. Mas qualquer conforto sabe bem nestes momentos.
E conforto é talvez o que precisamos, nós os que vivemos tudo em carne viva. Sem capacetes, sem redes, sem qualquer tipo de protecção. Porque quando sinto algo, não tenho medos e quero sentir isso a 100%. Mas nem todos somos assim. E acabo por ter que concluir que existem pessoas com medo de serem felizes. Porquê? Não sei. Terão que lhes perguntar.
Se há coisa na vida que deveria ser fácil, é decidir se se quer ser feliz. É o mesmo que perguntarem se quero ganhar o Totoloto e eu dizer que não, porque depois não saberia o que fazer com tanto dinheiro. Claro que quero ganhar o Totoloto. Depois, logo veria como iria gastando a fortuna.
Assim é a felicidade. Queres ser feliz? Claro que quero. Não tenho qualquer medo. E nunca me irei contentar com prémios menores, sabendo que há a possibilidade de a viver a 100%.
Sei que neste momento preciso de me esvaziar. Porque é tudo o que me resta. Mas ainda estou na fase em que não quero. Não queria desfazer-me do que sinto, apesar de saber que tal só me irá ser prejudicial. Mas sabendo que o que ainda sinto, teria tudo para me fazer feliz, custa-me apagá-lo.
Cada lágrima, cada suspiro cheio de ar negativo, vai ficar aqui, comigo. Sofro porque sinto. E sempre hei-de ser assim. Nada mais fará sentido se for ao contrário.
Vi o pôr-do-sol, tentei enterrar o tesouro. Mas neste momento, ele ainda conhece o caminho para casa.