13 julho 2009

dia 2 @ alive.

[ou a primeira aparição do poliglota Lone Aliver]

No regresso ao local do crime, a primeira paragem foi o palco principal. A tarde tinha o sol a brilhar e a brisa marítima a acompanhar. Apeteceu-me por isso apreciar o indie-pop descomprometido dos The Kooks. A meio do concerto dei por mim a perguntar, como é que estes tipos, vindos do cinzento UK, conseguem construir música sempre de alto astral.
Foram dignamente catchy e entretiveram largamente as hostes. (8/10)

Seguiu-se um período branco, em que aproveitei para folgar o corpo, visto que ainda acusava o abuso do dia um. Abanquei-me então de costas para o palco secundário, onde os Hadouken! (qualquer onomatopeia retirada de Street Fighter dará um brilhante nome para bandas) violavam o palco com um ror de barulho electrónico. (2/10)

Como apenas vi o início dos Does It Offend You, Yeah? (bandas com vírgulas incluídas no nome também estão sempre no meu top), não vou avaliar. Mas acho bem interessante o som da banda.

Dediquei-me a comer, beber café, comprar tabaco e visitar os WC nos entretantos, preparando-me já para os Placebo. Entretive-me a escutar os Coldfinger na tenda portuguesa e são bastante consistentes como seria de prever. Foram suficientemente interessantes para que eu fosse abordado por estrangeiros a apontarem para o folheto e questionarem-me que banda era aquela. (7/10)

Tempo então para Placebo, que estava ansioso de rever 12 anos depois... Arrancaram com o novo disco em força, o que tramou um pouco quem ainda não o ouviu e não tem a mente suficientemente aberta para apreciar temas que não conhece ao vivo. Só depois de passarem na Comercial ou na Best FM ou coisa que os valha.
A única lacuna foi mesmo não terem visitado o álbum de estreia ao longo da noite. A adição de novos membros, ao vivo, joga totalmente a favor da banda que ganha uma nova dinâmica e profundidade no seu som.
"Battle For the Sun", "Song to Say Goodbye", "Meds" e "Special Needs" foram as minhas predilectas nesta noite. (8/10)

Dirigi-me ao palco 2, mais com o intuito de descansar do que propriamente de ver/ouvir as performances de Fischerspooner. Ainda assim, foi agradável ouvir um ou outro tema do álbum "Odyssey". (6/10)

De volta ao palco principal para um momento de revivalismo ao olhar para os Prodigy. A minha breve passagem foi excelente em timing. Ouvi "Breathe" e "Omen". E depois senti que o resto seria mais do mesmo. Mas foi bom ver uma banda que apreciamos, desde há muito, ter a vasta plateia conquistada. (6/10)

Arrisquei e decidi retornar ao outro palco para os Ting Tings. Também eles meus ex-conterrâneos (Salford, Manchester). E fiquei pasmado ao assistir à potência que aquelas 2 almas conseguiram emitir do palco. "Great DJ" foi um mote brutal para o que se seguiria. As melodias absolutamente contagiantes, de mão dada com a gordura das batidas transformaram o concerto do melhor do dia para este solitário festivaleiro. (8.5/10)

Seguia-se a longa espera pelo comboio.

1 comentário:

telma disse...

acrescento ainda a follow the cops back home aos placebo :p