wir sind helden: du erkennst mich nicht wieder
há quem se preocupe com as pessoas que nos abandonam. pois eu gosto quando elas desaparecem e rumam a paragens tão remotas, tão remotas, que acabam por levar os seus próprios fantasmas com elas.
esquecermos a sua voz. olvidarmos a última vez que as ruas auscultaram os passos de ambos caminhando ao mesmo ritmo. esquecermos a cor dos olhos. esquecermos que ficámos com calos e cicatrizes por elas. deixá-las ir. ainda bem que têm rumo.
e nós ficamos aqui. ao pôr do sol, frio, de bola de basket na mão e um sorriso na cara. a sorrir para ninguém. nem sequer para um espelho. para que o sorriso seja livre, sem ter raízes daninhas a prendê-lo. sem rumo, graças a Deus.
revejo-me muito na frase do post anterior. também perdi a fé nos finais felizes. talvez por isso desgoste dos filmes que as TVs passam nas tardes de domingo. a diferença entre mim e aquela frase, é que eu não procuro recuperar essa fé. simplesmente porque tudo o que observo e escuto diariamente, me faz crer que tal coisa não existe.
prefiro ficar aqui, de bola de basket na mão, a arrefecer olhando o ocaso. mas sorrindo.
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